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Vozes feministas: design e política na América Latina
No dia 8, às 14h30, Beatriz Paredes fará parte do evento "Vozes feministas: design e política na América Latina", que pretende abordar a conexão entre política, feminismo e arte nos países latino-americanos, com foco na produção indígena.
O evento ocorrerá na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo na USP, R. do Lago, 876 - Butantã.
Os Desafios da Governança na Democracia Representativa
(Transcrição da Aula Magna de Felipe González, proferida na FEA-USP em 09 de março de 2016)
Como parte dos esforços de divulgar as atividades realizadas pelo Centro Ibero-Americano da USP, disponibilizamos a transcrição da Aula Magna "Os Desafios da Governança na Democracia Representativa" proferida pelo ex-presidente da Espanha Felipe González na Universidade de São Paulo.
A Aula Magna ocorreu em 9 de março de 2016, na semana inaugural de boas-vindas ao presidente Felipe González à Cátedra José Bonifácio. As atividades da Cátedra no período resultaram na produção da coletânea Governança e Democracia Representativa, lançada pela Edusp em março de 2017. A obra, que conta com artigos de renomados professores e pesquisadores, pode ser visualisada aqui.
Além da Aula Magna, disponibilizamos a transcrição da cerimônia de posse de Felipe González na Cátedra José Bonifácio, que contou com discursos da escritora Nélida Piñon, da Profa. Dra. Maria Hermínia Tavares de Almeida e do M. Reitor da USP, Prof. Dr. Marco Antônio Zago.
Um agradecimento especial destina-se aos pesquisadores Victor Silva, Giselle Moreira, Robson Hassman, Fabiana Oliveira, Jorge Peñaranda, André Carvalho, Edson Capoano e Alexandra Vivanco, integrantes do Grupo de Pesquisa da Cátedra José Bonifácio 2016, pela valiosa transcrição das atividades.
As transcrições podem ser acessadas nos seguintes links:
Aula Magna de Felipe González (em espanhol)
Cerimônia de Posse de Felipe González
Beatriz Paredes
Embaixadora do México assume a Cátedra José Bonifácio
Ligada ao Centro Ibero-Americano (Ciba) da Pró-Reitoria de Pesquisa e do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP, a Cátedra José Bonifácio convida todos os anos uma personalidade ibero-americana para ministrar atividades acadêmicas na Universidade. Este ano, o ex-primeiro ministro espanhol Felipe González será substituído por Beatriz Paredes Rangel, embaixadora do México no Brasil, em cerimônia realizada às 10 horas da manhã de quinta-feira, dia 16, no Auditório Professor István Jancso da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.
O professor Pedro de Abreu Dallari, diretor do IRI, explica que a escolha da embaixadora se deu devido à intensificação das relações da USP com universidades mexicanas, visto que a Universidade recebe cada vez mais intercambistas daquele país. "A embaixadora Beatriz Paredes atende o perfil de ser uma grande representante da vida pública e internacional de seu país por ter sido diplomata, senadora e presidente do Congresso mexicano. Assim, se equipara em notoriedade aos catedráticos anteriores a ela, entre eles o ex-presidente do Chile Ricardo Lagos, o ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento Enrique Iglesias e a ex-presidente da Academia Brasileira de Letras Nélida Piñon, além de Felipe González, que agora deixa o cargo".
Resultado das atividades da cátedra coordenada por Felipe González, livro será lançado no dia 16 – Foto: ReproduçãoParedes é também socióloga de formação. O tema escolhido por ela para trabalhar durante sua titularidade na Cátedra José Bonifácio é "Os povos originários da América Latina: História e atualidade". "Já na tarde do dia 16, a embaixadora se reunirá com o grupo de pesquisadores com quem trabalhará ao longo do próximo ano para definir um calendário. Ela voltará ao Brasil cinco ou seis vezes nesse período para encontrar-se com os pesquisadores, ocasiões nas quais fará também conferências em diferentes unidades da USP", explica Dallari.
Segundo o professor, os trabalhos da cátedra ocorrem em três níveis: o trabalho de pesquisa com um grupo de cerca de 50 pesquisadores de diferentes programas de pós-graduação da USP, que ao final gerará um livro; as conferências públicas; e eventos externos à cátedra, nos quais o titular se integra a diferentes atividades da Universidade. "Enrique Iglesias, por exemplo, foi à unidade de Ribeirão Preto e lá inaugurou o curso de pós-graduação em América Latina na Faculdade de Direito. É parte do papel de mobilizar a Universidade."
Dallari ressalta a importância da cátedra no processo de produção e aquisição de conhecimento da Universidade. "Produzimos aqui na USP conhecimento teórico de altíssimo nível, e a presença dessas personalidades de fora da academia na cátedra traz um outro tipo de conhecimento, aquele da ação prática nas ciências sociais, na história, na política, na economia. Por exemplo, um evento importantíssimo como o Brexit ainda levará de dois a três anos para ser sistematizado na literatura acadêmica, porém nossos alunos puderam ter contato com a experiência pessoal de Felipe González em relação a esse tema, dado que ele conhece profundamente a realidade europeia e teve contato com pessoas envolvidas no evento, como David Cameron. Esse conhecimento adquirido na fonte é preciosíssimo para nossos pesquisadores."
Os trabalhos conduzidos por Felipe González renderam o livro Governança e Democracia Representativa, que conta com diversos artigos em português e espanhol sobre o tema e será lançado pela Editora da USP (Edusp) durante a cerimônia de despedida de González da cátedra, no dia 16, às 10 horas, na Biblioteca Brasiliana. O evento contará com a apresentação da Orquestra Sinfônica da USP (Osusp), com participação do maestro espanhol Alexis Soriano e um programa em homenagem aos 150 anos da morte do compositor espanhol Enrique Granados.
Fonte: http://jornal.usp.br/cultura/embaixadora-do-mexico-assume-a-catedra-jose-bonifacio/
Universidades devem preparar estudantes para tempos de incerteza
Elton Alisson | Agência FAPESP – Além da missão de educar e de capacitar os milhares de estudantes que forma anualmente para transformar o que aprenderam em algo de valor para a sociedade, as universidades devem prepará-los para enfrentar as incertezas do mundo globalizado.
As instituições universitárias, contudo, ainda não estão suficientemente preparadas para enfrentar esse desafio, avaliou Felipe González, primeiro-ministro da Espanha entre 1982 e 1996 e titular este ano da cátedra José Bonifácio do Centro Ibero-Americano (Ciba) da Universidade de São Paulo (USP), durante palestra na abertura da conferência comemorativa do aniversário da Magna Charta Universitatum, no dia 20/10, em São Paulo.
Realizado pela primeira vez fora da Europa, o evento que ocorre anualmente tem o objetivo de discutir os atuais desafios para as universidades preservarem os valores e princípios fundamentais estabelecidos na Magna Charta Universitarium.
Lançado em setembro de 1988, no aniversário de 900 anos de fundação da Università di Bologna, na Itália – considerada a universidade mais antiga do mundo ocidental, fundada em 1088 –, o documento foi assinado naquela ocasião por 388 reitores. Dentre eles, José Goldemberg, então reitor da USP e atual presidente da FAPESP.
Atualmente, 805 reitores de universidades situadas em 85 países subscrevem o documento. Os três últimos foram os reitores das Universidades Federais do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade do Minho, em Portugal, que assinaram a Magna Charta durante uma cerimônia realizada no dia 21/10 na Sala do Conselho Universitário da USP.
Um dos princípios fundamentais estabelecidos pelo documento é que a universidade é uma instituição autônoma que, de modo crítico, produz e transmite conhecimento através da pesquisa e do ensino. E que, nas universidades, a atividade didática é indissociável da pesquisa.
Essa missão de produzir e transmitir conhecimento por meio da pesquisa e do ensino tem sido cumprida diligentemente pelas melhores universidades no mundo, como a USP, avaliou González. "O cumprimento dessa missão, inclusive, é usado como critério de qualificação das universidades nos rankings internacionais", ressaltou.
As universidades, contudo, não têm dado muita atenção para capacitar os estudantes que coloca no mercado para transformar o conhecimento em algo de valor para a sociedade – por meio do estímulo ao empreendedorismo e à inovação, por exemplo –, e ainda não estão prontas para prepará-los para as incertezas do mundo globalizado, ponderou.
"Vivemos uma revolução tecnológica que rompeu a barreira do tempo e do espaço da comunicação, aumentou a velocidade de circulação do capital e colocou em crise nossa ideia do Estado-Nação como o âmbito de realização da soberania, da identidade da moeda e do mercado, entre outros impactos, que têm tornado o presente e o futuro cada vez mais incertos", avaliou González.
"As universidades não estão preparadas para ajudar os estudantes a lidar com essas incertezas", apontou.
Uma das razões para essa falta de preparo das universidades, na opinião dele, é que o pensamento dos educadores, a exemplo dos pais, está mais voltado para garantir aos jovens um futuro próspero, de plena realização pessoal e profissional, sem levar em conta o imponderável.
"Como dizer ao jovem que estamos educando que a maior certeza que temos hoje é que temos que prepará-los para incertezas causadas por mudanças abruptas, que exigem flexibilização e conhecimento contínuo?", questionou González.
O advogado e político espanhol tem se dedicado a estudar e discutir com outros pesquisadores no âmbito da cátedra José Bonifácio os desafios da governança na democracia representativa e os impactos da globalização na soberania dos países.
Na avaliação de González , a globalização tem gerado uma desigualdade insustentável na distribuição de riqueza no mundo e no ingresso às universidades.
"Mesmo em países que experimentaram um crescimento econômico acelerado nos últimos anos, como a China, além de outros, como a Dinamarca, Estados Unidos, Espanha e países da América Latina, como o Brasil, o acesso à universidade ainda é muito desigual", afirmou.
A ampliação do acesso ao sistema de educação e de formação profissional é um componente fundamental para enfrentar a desigualdade na distribuição de riqueza no mundo, avaliou.
"O acesso ao sistema educacional e de formação profissional representa um dos mecanismos mais eficazes de distribuição de renda porque permite a igualdade de oportunidades de melhores salários" avaliou.
Ação conjunta
Na avaliação de Sijbolt Noorda, presidente da Magna Charta Observatory – uma associação criada em 2000 com o objetivo de monitorar a situação da liberdade acadêmica e autonomia institucional das universidades signatárias do documento –, os desafios impostos pela revolução na informação terão que ser atacados de forma conjunta pelas instituições de pesquisa e ensino superior no mundo.
"Os desafios não serão solucionados localmente e atacados integralmente. As universidades estão sendo pressionadas a unir suas forças para buscar soluções conjuntas. Por isso, viemos pela primeira vez à América Latina e nos próximos anos devemos ir para África e Ásia", afirmou.
O próximo encontro anual da entidade será realizado na University of Pécs, na Hungria.
A edição do evento no Brasil teve como principais palestrantes, além de González, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e a embaixadora do México no Brasil, Beatriz Paredes Rangel.
Mais informações sobre a Magna Charta Universitatum podem ser obtidas em www.magna-charta.org/.
Fonte: http://agencia.fapesp.br/universidades_devem_preparar_estudantes_para_tempos_de_incerteza/24197/
Evento discute papel das universidades na redução das desigualdades sociais
Pela primeira vez, o evento de assinatura da Magna Carta (documento redigido no século XIII considerado o primeiro capítulo do processo histórico que culminou no surgimento do constitucionalismo) será comemorado fora da Europa. O 28º aniversário da Magna Carta será sediado na Universidade de São Paulo (USP), nos dias 20 e 21 de outubro de 2016.
O tema da conferência será "Reduzindo a desigualdade social: o papel das universidades". Entre os palestrantes do evento, está o ex-primeiro-ministro da Espanha Felipe González e o ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso.
No dia 21 de outubro, parte da cerimônia será dedicada à assinatura da Magna Carta pelas universidades comprometidas com os princípios da Cartha Magna Universitatum, como a USP e a Universidade de Bologna.
A conferência também está aberta aos líderes das universidades envolvidas e seus representantes, aos profissionais de educação e estudantes. A finalidade do evento é responder aos desafios que essas instituições afrontam e reforçar as capacidades das universidades de defender valores fundamentais em benefício de seus estudantes, da sociedade e da comunidade educacional como um todo.
USP promove conferência do Observatório Magna Charta Universitatum
A USP promove, nos próximos dias 20 e 21 de outubro, a conferência internacional que marca o 28º aniversário da Magna Charta Universitatum, documento que se tornou referência para os valores e princípios fundamentais das Universidades.
Todo ano, o Observatório Magna Charta Universitatum organiza um encontro para elencar desafios atuais em confirmação aos valores fundamentais das instituições de ensino superior. Esta será a primeira vez que o evento será realizado fora da Europa, com a coordenação da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional.
A Universidade de Bolonha, na Itália, fundada em 1088, é considerada a universidade mais antiga do mundo ocidental. Em setembro de 1988, quando comemorou 900 anos de fundação, 388 reitores assinaram a Magna Charta Universitatum, dentre eles, o então reitor da USP, José Goldemberg.
O tema da conferência, que deverá reunir dirigentes de universidades nacionais e estrangeiras, será “Reduzindo as Desigualdades Sociais: O Papel das Universidades”.
Para ministrar as palestras principais, foram convidados o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso; a embaixadora do México no Brasil, Beatriz Paredes Rangel; e o ex-primeiro-ministro da Espanha e titular da Cátedra José Bonifácio da USP, Felipe González.
Painéis sobre universidade cidadã e igualdade de gênero serão transmitidos ao vivo diretamente da Universidade de Bolonha. Também serão promovidos workshops sobre autonomia universitária, cooperação internacional e qualidade acadêmica. Uma mesa-redonda discutirá o tema “A universidade em 2038: o que esperamos?”
A conferência também vai celebrar a adição da subscrição de novos reitores à Magna Charta. Atualmente, 802 líderes universitários de 85 países subscrevem o documento. O evento será realizado na Sala do Conselho Universitário, no prédio da Reitoria, na Cidade Universitária, em São Paulo.
Ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González faz conferência na EACH
Na próxima terça-feira, dia 2 de agosto, às 18h30, a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) receberá uma conferência com o ex-primeiro-ministro da Espanha, Felipe González Márquez. O evento é uma das atividades da Cátedra José Bonifácio.
O tema abordado pelo político será a qualidade de governo. González comandou a sociedade espanhola entre 1982 e 1996 e também foi líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de 1974 a 1997.
O evento é gratuito e aberto ao público. Não é necessário fazer inscrição para participar da conferência.
A organização dessa atividade é feita pelo Observatório Interdisciplinar de Políticas Públicas (OIPP), em parceria com o Instituto de Relações Internacionais (IRI-USP) e o Centro Ibero-Americano (CIBA-USP). A conferência será também a aula magna do curso de Gestão de Políticas Públicas da EACH no segundo semestre de 2016.
A EACH está localizada na Avenida Arlindo Béttio, 1000 – Ermelino Matarazzo, na zona leste da cidade de São Paulo. É possível chegar facilmente à unidade pela estação USP Leste da linha 12-Safira da CPTM.
(Assessoria de Imprensa da EACH)
Programa da Cátedra José Bonifácio 2017
Prezados pesquisadores e pesquisadoras,
No link abaixo, é possível encontrar o programa da Cátedra José Bonifácio 2017:
COORDENAÇÃO DA CÁTEDRA JOSÉ BONIFÁCIO 2017.
Transcrição da reunião com os pesquisadores - 29/06/2016
Prezados pesquisadores e pesquisadoras,
Disponibilizamos abaixo um documento contendo a transcrição da reunião com os pesquisadores do dia 29/06/2016, para aqueles que não puderam estar presentes.
Os assuntos da reunião foram os artigos para publicação na coletânea 2016 da CJB e uma videoconferência sobre a conjuntura política contemporânea da Ibero-América que contou com a participação do Prof. Dr. José Fernández-Albertos e da deputada catalã Rocio Martinez-Sampere.
Agradecemos aos pesquisadores Carlos Toledo, Jorge Peñaranda e Sônia Cintra pelo trabalho na transcrição da reunião.
O documento pode ser acessado aqui.