Lançamento da Cátedra José Bonifácio

 

O Centro Ibero-Americano da Universidade de São Paulo – CIBA – em parceria com o Banco Santander, tem a honra de anunciar a fundação de uma cátedra que doravante será ocupada por personalidades de projeção do mundo Ibero-americano. Tal cátedra terá um âmbito de atuação amplo na América Latina, e servirá como importante instrumento de relação entre a USP e o espaço ibero-americano. Destarte, o CIBA escolheu o personagem histórico José Bonifácio de Andrada e Silva como seu primeiro patrono. A opção pelo nome de José Bonifácio deveu-se a três fatores principais: a sua importância histórica como patriarca da independência do Brasil, à quase ausência de homenagens prestadas a essa importante figura, principalmente na Universidade de São Paulo, assim como à estreita ligação com a academia e a sua ávida defesa dos interesses ibero-americanos.

Em primeiro lugar, em relação ao seu papel no processo de independência do Brasil, José Bonifácio organizou a ação militar contra os focos de resistência à separação de Portugal e comandou uma política de unificação do território. Além disso, foi responsável por criar uma nova imagem externa do Brasil para o mundo, principalmente no que diz respeito à atuação como ministro do Reino e dos Negócios. Sua experiência como militar nos anos em que esteve em Portugal foi essencial para seu protagonismo no processo de independência do Brasil.

Com relação ao estreito laço que possuiu com a academia, a análise da biografia de José Bonifácio permite afirmar que os anos em que esteve na Universidade de Coimbra – cursando direito, filosofia e matemática – foram fundamentais para a sua formação política. Aos 19 anos, José Bonifácio foi para Portugal e se deparou com um mundo completamente diferente do qual havia nascido, em Santos, na província de São Paulo. Foi lá que pela primeira vez entrou em contato com os ideais iluministas e com os universos da ciência natural e da economia política. José Bonifácio tornou-se extremamente crítico ao despotismo e ao desrespeito aos direitos naturais do homem. Ele passou a defender a abolição da escravidão e acreditava que mestiços, negros e índios deveriam compartilhar os mesmos direitos humanos, o que para a época constituía uma visão incontestavelmente progressista. 

Em relação à defesa dos interesses da Ibero-América, José Bonifácio liderou as batalhas em Portugal contra as invasões napoleônicas, revelando assim seu comprometimento com a independência dos territórios ibero-americanos. Em um contexto de conflito entre as duas nações, qual sejam Portugal e França, houveram revoltas populares e de exércitos liderados pela elite da Universidade de Coimbra, nas quais José Bonifácio participou avidamente. Durante as batalhas, José Bonifácio revelou-se um militar de qualidade singular.

Esse personagem histórico possuía como traços marcantes de sua personalidade a coragem, o amor pela liberdade e os sentimentos pátrios. Foi um homem determinado e perfeccionista. Além disso, era amante da literatura e chegou a escrever alguns poemas durante a adolescência e a vida adulta. 

Sua rápida ascensão na administração pública e na sociedade portuguesas também merece destaque. José Bonifácio era considerado pelo ministro da Marinha de Portugal como um grande amigo o que lhe rendeu cargos públicos de destaque e possibilitou que, no futuro, tivesse papel relevante na independência do Brasil. Como consequência de seu bom relacionamento com a burocracia portuguesa, José Bonifácio tornou-se homem de confiança de D. Pedro I e, posteriormente, tornou-se tutor de D. Pedro II, quando este não possuía a maioridade necessária para assumir o trono.

Levando em consideração todos esses fatores, podemos concluir que o nome de José Bonifácio teve grande relevância histórica não só para o Brasil, mas para a Ibero-América como um todo. Não obstante, constata-se hoje uma carência de referências ao patrono da independência e grande parte do seu legado permaneceu fadado ao passado distante.

O Centro Ibero-Americano da Universidade de São Paulo preza pela excelência acadêmica da Universidade da qual faz parte. Além disso, o CIBA tem como missão produzir e transmitir conhecimento em benefício da sociedade. Ademais, acredita que a integração entre os países Ibero-Americanos é fundamental para a convivência pacífica entre os estados. Por isso, o CIBA pretende ser um polo de conexão da USP com instituições e especialistas da Ibero-América nas diversas áreas do conhecimento. 

Por acreditar que o nome de José Bonifácio expressa os princípios em que o CIBA se baseia e com o objetivo de homenagear e resgatar a figura histórica do patriarca da independência, o Centro Ibero-Americano da Universidade de São Paulo elegeu o nome de José Bonifácio para denominar sua primeira cátedra.

 

O Centro Ibero-Americano da Universidade de São Paulo – CIBA – em parceria com o Banco Santander, tem a honra de anunciar a fundação de uma cátedra que doravante será ocupada por personalidades de projeção do mundo Ibero-americano. Tal cátedra terá um âmbito de atuação amplo na América Latina, e servirá como importante instrumento de relação entre a USP e o espaço ibero-americano. Destarte, o CIBA escolheu o personagem histórico José Bonifácio de Andrada e Silva como seu primeiro patrono. A opção pelo nome de José Bonifácio deveu-se a três fatores principais: a sua importância histórica como patriarca da independência do Brasil, à quase ausência de homenagens prestadas a essa importante figura, principalmente na Universidade de São Paulo, assim como à estreita ligação com a academia e a sua ávida defesa dos interesses ibero-americanos.

Em primeiro lugar, em relação ao seu papel no processo de independência do Brasil, José Bonifácio organizou a ação militar contra os focos de resistência à separação de Portugal e comandou uma política de unificação do território. Além disso, foi responsável por criar uma nova imagem externa do Brasil para o mundo, principalmente no que diz respeito à atuação como ministro do Reino e dos Negócios. Sua experiência como militar nos anos em que esteve em Portugal foi essencial para seu protagonismo no processo de independência do Brasil.

Com relação ao estreito laço que possuiu com a academia, a análise da biografia de José Bonifácio permite afirmar que os anos em que esteve na Universidade de Coimbra – cursando direito, filosofia e matemática – foram fundamentais para a sua formação política. Aos 19 anos, José Bonifácio foi para Portugal e se deparou com um mundo completamente diferente do qual havia nascido, em Santos, na província de São Paulo. Foi lá que pela primeira vez entrou em contato com os ideais iluministas e com os universos da ciência natural e da economia política. José Bonifácio tornou-se extremamente crítico ao despotismo e ao desrespeito aos direitos naturais do homem. Ele passou a defender a abolição da escravidão e acreditava que mestiços, negros e índios deveriam compartilhar os mesmos direitos humanos, o que para a época constituía uma visão incontestavelmente progressista. 

Em relação à defesa dos interesses da Ibero-América, José Bonifácio liderou as batalhas em Portugal contra as invasões napoleônicas, revelando assim seu comprometimento com a independência dos territórios ibero-americanos. Em um contexto de conflito entre as duas nações, qual sejam Portugal e França, houveram revoltas populares e de exércitos liderados pela elite da Universidade de Coimbra, nas quais José Bonifácio participou avidamente. Durante as batalhas, José Bonifácio revelou-se um militar de qualidade singular.

Esse personagem histórico possuía como traços marcantes de sua personalidade a coragem, o amor pela liberdade e os sentimentos pátrios. Foi um homem determinado e perfeccionista. Além disso, era amante da literatura e chegou a escrever alguns poemas durante a adolescência e a vida adulta. 

Sua rápida ascensão na administração pública e na sociedade portuguesas também merece destaque. José Bonifácio era considerado pelo ministro da Marinha de Portugal como um grande amigo o que lhe rendeu cargos públicos de destaque e possibilitou que, no futuro, tivesse papel relevante na independência do Brasil. Como consequência de seu bom relacionamento com a burocracia portuguesa, José Bonifácio tornou-se homem de confiança de D. Pedro I e, posteriormente, tornou-se tutor de D. Pedro II, quando este não possuía a maioridade necessária para assumir o trono.

Levando em consideração todos esses fatores, podemos concluir que o nome de José Bonifácio teve grande relevância histórica não só para o Brasil, mas para a Ibero-América como um todo. Não obstante, constata-se hoje uma carência de referências ao patrono da independência e grande parte do seu legado permaneceu fadado ao passado distante.

O Centro Ibero-Americano da Universidade de São Paulo preza pela excelência acadêmica da Universidade da qual faz parte. Além disso, o CIBA tem como missão produzir e transmitir conhecimento em benefício da sociedade. Ademais, acredita que a integração entre os países Ibero-Americanos é fundamental para a convivência pacífica entre os estados. Por isso, o CIBA pretende ser um polo de conexão da USP com instituições e especialistas da Ibero-América nas diversas áreas do conhecimento. 

Por acreditar que o nome de José Bonifácio expressa os princípios em que o CIBA se baseia e com o objetivo de homenagear e resgatar a figura histórica do patriarca da independência, o Centro Ibero-Americano da Universidade de São Paulo elegeu o nome de José Bonifácio para denominar sua primeira cátedra.

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