Super User

Super User

Local: Sala da Congregação da FEA

Data: 07/05/2014

 

Local: Biblioteca Brasiliana

Data: 12/03/2015

 

Local: Reitoria da USP

Data: 19/12/2012

 

Local: Biblioteca Brasiliana

Data: 20/03/2014

 

Quarta, 24 Junho 2015 06:00

A identidade cultural ibero-americana

Local: Sala da Congregação do IRI

Data: 11/02/2014

 

Nélida Piñon (Rio de Janeiro, 1937) ainda guarda lembranças precisas. A escritora brasileira está na Espanha para receber o prêmio El Ojo Crítico, dado pela Rádio Nacional do país europeu. Em uma longa conversa, na qual vai e vem ao discorrer sobre inúmeros assuntos, Piñon recorre constantemente à memória. “Sem ela você não consegue entender o momento que vive.”

Pergunta. Quando você fala de desesperança, você fala de fios desatados. Que fios são esses que não estão atados?

Resposta. A linguagem. Não se escuta. Sobretudo no caso dos latinos, as pessoas falam todo o tempo, de forma incessante. Seria necessário pagar pela linguagem, com a concentração, com a atenção, com a busca pela palavra justa. É preciso escutar mais, ficar no lugar do outro. É como se vivêssemos em múltiplos mundos, cada um com um código distinto. É necessário fazer um esforço para renunciar à sua autoridade verbal. É algo que vem de longe. Eu respeito muito as palavras, porque são perigosas. Precisamos de sabedoria e menos arrogância, precisamos de estadistas, que não temos.

P. A crise na Espanha coincidiu com um momento em que o Brasil cresceu enormemente...

R. Mudamos muito. Primeiro, porque somos 200 milhões, e isso muda tudo. É uma geografia ocupada por milhões de almas que querem seu espaço vital. O crescimento do Brasil coincidiu com o de uma parte do mundo. Havia uma espécie de esbanjamento geral, um gasto excessivo. Fomos beneficiários de tudo isso. E ao mesmo tempo, celebrávamos mais anos de democracia: Fernando Henrique, Lula… Fomos ganhando uma crença em nós mesmos. Isso a democracia nos dá. O Brasil esteve muito isolado do mundo. Os escritores não tinham uma ponte com a Europa como tinham os autores hispânicos.

P. E com a América Latina?

R. Tampouco tinham muito.

P. Essa barreira é insuperável?

R. Eu acredito que pouco a pouco vai se abrindo.

P. A senhora falava da falta de estadistas. Como primeira mulher a ter dirigido uma academia das letras, como vê Dilma Rousseff, a primeira presidenta do seu país?

R. Se você me perguntar se a considero uma estadista, não, não a considero. Mas quando se diz que não está correspondendo aos ideais dos brasileiros, eu recordo que ela foi eleita. Se as mulheres erram, os homens erraram milhões de vezes ao longo de milhões de anos. Acho que [Rousseff] não tem uma vocação política para dirigir um país com a complexidade do Brasil. Não basta ser um gestor, para ser um bom governante é preciso levar em conta os sonhos e as frustrações de um país. Seus antecessores eram muito mais estadistas, eram pessoas com vocação de políticos. Não é uma questão de ser homem ou mulher, nada disso. De toda forma, não gosto de falar dos méritos ou deméritos do Brasil. Tenho escrúpulos de falar de meu país. Se fosse uma ditadura, falaria tudo o que pudesse contra ela. Mas é preciso defender a democracia. Além disso, ela foi eleita, ganhou eleições.

P. O segundo mandato dela está marcado pelo caso Petrobras.

R. O que está ocorrendo é algo impressionante. Minou-se o campo moral da Petrobras, é uma profunda tristeza. Isso vai abalar a consciência do Brasil durante muito tempo. Como é possível que não se saiba, que saqueiem uma casa como a Petrobras e ninguém saiba nem diga nada. Não é possível. É uma falha moral e do poder presidencial.

P. Quanto vai custar recuperar a credibilidade?

R. Estava acontecendo e estava camuflado, o que nos leva a pensar que sabemos pouco, que só nos deixam saber pedacinhos, partes. É por isso que a imprensa é extraordinária; o Estado mente de forma inconsequente, só deixa que saibamos o que lhe convém.

Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2015/02/16/cultura/1424124460_217678.html

Publicado em: 04/03/2015

"Em cerimônia que reuniu quatro imortais da Academia Brasileira de Letras na Biblioteca Mindlin, a escritora Nélida Piñon é empossada como titular da Cátedra José Bonifácio"

Fonte: http://www5.usp.br/89699/escritora-nelida-pinon-e-empossada-como-titular-da-catedra-jose-bonifacio/

Publicado em: 25/03/2015

El pasado 19 de marzo, en Buenos Aires, se constituyó el  Centro Iberoamericano de Arbitraje. Al evento asistieron 63 instituciones de 18 países iberoamericanos, entre ellas Colegios de Abogados, Cámaras de Comercio, Industria y Organizaciones Empresariales, representando a más de un millón de abogados y empresarios de la región.

El acuerdo marco de Brasilia, firmado en 2012, sentó las bases para la creación de este Centro y, en la Cumbre Iberoamericana de Veracruz de 2014, los Jefes de Estado y de Gobierno apoyaron su constitución, recogiéndolo así en la Declaración final.

Para presidir el Centro se eligió al abogado español y presidente de la Unión Iberoamericana de Colegios y Agrupaciones de Abogados (UIBA), Luis Martí Mingarro, y como vicepresidente a Rodrigo Oreamuno Blanco, ex vicepresidente de Costa Rica y reconocido árbitro nacional e internacional.

El Centro tiene carácter privado y se dibuja como una opción alternativa a los mecanismos de resolución de conflictos comerciales, atendiendo a la cultura jurídica común de Iberoamérica y a las necesidades de las PYMES en esta materia.

Durante la reunión de constitución, además de firmar el acta y los estatutos, se fijaron las tres sedes del Centro que serán: la Secretaria General,en Madrid (Ilustre Colegio de Abogados de Madrid); la Presidencia, en Costa Rica (Colegio de Abogados de Costa Rica); y el Órgano de supervisión de la función arbitral, en São Paulo (OAB - Ordem dos Advogados do Brasil).

En este sentido, se espera que el Centro se convierta en lugar de referencia para todas aquellas operaciones del comercio y la actividad económica internacional que no han podido tener acceso al arbitraje hasta ahora.

La labor de seguimiento de este Centro recae en la Secretaría General Iberoamericana (SEGIB) y en la Conferencia de Ministros de Justicia de los Países Iberoamericanos (COMJIB), organización internacional que agrupa a los Ministerios de Justicia e instituciones homólogas de 21 países de la comunidad iberoamericana.

Relación de instituciones firmantes del Acuerdo Marco de Colaboración para promover la creación del Centro Iberoamericano de Arbitraje 

  • Federación Argentina de Colegios de Abogados (FACA)
  • Confederación de Abogados Andinos
  • Colegio de Abogados de Misiones (Argentina)
  • Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
  • Colegio de Abogados de La Plata (Argentina)
  • Colegio de Abogados de Bogotá (Colombia)
  • Colegio de Abogados de Córdoba (Argentina)
  • Colegio de Abogados y Abogadas de Costa Rica
  • Colegio Nacional de Abogados de Bolivia
  • Colegio de Abogados de Chile
  • Ilustre Colegio de Abogados de Loja (Ecuador)
  • Colegio de Abogados de Lima (Perú)
  • Ilustre Colegio de Abogados de Madrid (España)
  • Colegio de Abogados de Uruguay
  • Ilustre Colegio de Abogados de Valencia (España)
  • Federación de Colegios de Abogados de Venezuela
  • Colegio Nacional de Abogados de Honduras
  • Consejo de Colegios y Ordenes de Abogados del Mercosur (COADEM)
  • Ilustre y Nacional Colegio de Abogados de México
  • Federación Interamericana de Abogados (FIA)
  • Colegio Nacional de Abogados de Panamá
  • Fundaçao Luso – Espanhola
  • Colegio Nacional de Abogados de Paraguay
  • Asociación Española de Arbitraje
  • Associaçoes Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB)
  • Cámara Argentina de Comercio (CAC)
  • Confederaçao Nacional da Industria (CNI, Brasil)
  • Cámara de Comercio de Nicaragua
  • Centro de Arbitraje y Mediación de Santiago de Chile (CAM Santiago)
  • Associaçao Comercial da Lisboa (Portugal)
  • Centro de Conciliación y Arbitraje de Panamá
  • Centro Iberoamericano de la Universidad de Sao Paulo (USP)
  • Consejo Nacional de la Empresa Privada (CoNEP, Panamá)
  • Cámara Nacional de Comercio y servicios de Uruguay (CNC)
  • Cámara de Comercio de Quito (Ecuador)
  • Unión Iberoamericana de Colegios y Agrupaciones de Abogados (UIBA)
  • Ilustre Colegio de Abogados de Vizcaya (España)
  • Ilustre Colegio de Abogados de Barcelona (España)
  • Academia de Abogados del Ecuador
  • Club Español del Arbitraje
  • Confederación Española de Organizaciones Empresariales (CEOE)
  • Cámara de Comercio Guatemala

Fonte: http://segib.org/es/node/10349

Publicado em: 23/03/2015

(Da esq.p/ dir.) Os professores Celso Lafer e Alfredo Bosi;

a nova titular da Cátedra, Nélida Piñon;

o reitor Marco Antonio Zago;

o titular da Cátedra em 2014, Enrique Iglesias;

o embaixador Fernando Mello Barreto, e o

professor Pedro Bohomoletz de Abreu Dallari

A escritora Nélida Piñon tomou posse como nova titular da Cátedra José Bonifácio, no dia 12 de março. A cerimônia contou com a presença de representantes da Academia Brasileira de Letras, membros do corpo consular, dirigentes da Universidade, além de docentes, funcionários e alunos.

O diretor do Instituto de Relações Internacionais (IRI) e coordenador do Centro Ibero-Americano (Ciba), Pedro Bohomoletz de Abreu Dallari, foi o primeiro a se pronunciar e fez uma breve explanação do trabalho que vem sendo desenvolvido na Cátedra, criada em 2013.

A Cátedra é uma iniciativa do Ciba, núcleo ligado à Pró-Reitoria de Pesquisa e ao IRI, que convida uma personalidade do mundo ibero-americano para ministrar atividades acadêmicas na Universidade durante um ano letivo.

Os convidados desenvolvem pesquisa na Universidade, na temática referente à sua especialidade. Além disso, são realizadas conferências abertas à comunidade e, até mesmo, específicas para docentes e discentes.

Em 2013, o ex-presidente do Chile, Ricardo Lagos, assumiu como o primeiro titular da Cátedra, que tratou do tema “O desenvolvimento da América Latina e a governança internacional”. Os artigos produzidos durante o período foram publicados na coletânea “A América Latina no Mundo”, lançada pela Editora da USP (Edusp) em março daquele ano.

Dallari destacou que a iniciativa vai ao encontro do plano de metas da Universidade, que tem, entre as ações previstas, o fortalecimento da colaboração com os países da América Latina, com a criação de redes acadêmicas e a consolidação da aliança da USP com a Universidad de Buenos Aires (UBA) e a Universidad Nacional Autónoma de México (Unam).

"Decada Dourada"

“Em 2013, a América Latina vivia a chamada

‘década dourada’”, afirmou Enrique Iglesias

O evento marcou a despedida do economista Enrique Iglesias, que esteve à frente da Cátedra durante o ano de 2014. Iglesias, que presidiu o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Secretaria Geral Ibero-americana (Segib), ministrou a conferência “Atualidade da América Latina: desafios e oportunidades”. Também foi lançado o livro “Os Desafios da América Latina no Século XXI”, coordenado pelo economista.

Iglesias deu início à sua apresentação fazendo um paralelo entre a situação da América Latina há dois anos, quando a Cátedra foi criada, e os dias atuais. “Em 2013, a América Latina vivia a chamada ‘década dourada’, marcada pelo crescimento econômico, melhoramento social, consolidação das democracias e redução da pobreza”, explicou.

Segundo ele, houve um “otimismo exagerado” com a economia na região, que chegou a registrar crescimento de 6,7% e agora deve alcançar o patamar de 1,5%.  “Temos um momento difícil, do ponto de vista político, em vários países. Alguns mais graves do que os outros, com perda de credibilidade das lideranças políticas. Mas, a democracia tem capacidade de reagir frente a essas circunstâncias e consolidar o que foi conquistado com tanto trabalho”, afirmou.

Iglesias concluiu sua apresentação enfatizando que “neste momento, recompor a confiança é fundamental e isso passa pela preservação dos valores culturais. Por isso, estou feliz com a posse da nova titular da Cátedra. A cultura é o ponto de encontro das aspirações, da felicidade e da criatividade”.

Após a conferência, o grupo “Jovens Cantores da USP”, ligado à disciplina de Canto e Arte Lírica do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA), fez uma exibição musical, sob a coordenação do professor Francisco Campos Neto.  O grupo é formado pelos cantores Camila Ribeiro, Ana Elisa Portes, Albert Santana, Marcela Rahal e Felipe Vidal.

Matrizes culturais

 

Neste ano, o tema das pesquisas que Nélida

irá coordenar será “O Imaginário Ibero-americano”

A nova titular da Cátedra, a escritora Nélida Piñon, foi apresentada pelo professor aposentado da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Alfredo Bosi, que ressaltou os prêmios literários internacionais com os quais a nova catedrática foi agraciada ao longo de sua carreira, dentre eles, o Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras de 2005.

Nélida é formada em jornalismo pela Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Em 1970, inaugurou a cadeira de Criação Literária na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É a quinta ocupante da cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL), desde 1990. Em 1996, tornou-se a primeira mulher, em 100 anos, a presidir a ABL.

Neste ano, o tema das pesquisas que Nélida irá coordenar será “O Imaginário Ibero-americano”, que tratará tanto da literatura como de outros temas de cultura. “Eu quero examinar as matrizes culturais das Américas a partir da escritura. O ato de escrever, de registrar o mundo, a realidade, foi sempre essencial para nossa cultura. Há uma intensa oralidade no Brasil. A narrativa oral sempre foi forte no continente e isso tudo derivou em grandes romances, que vamos discutir. Vamos fazer um corte nessa narrativa, no pensamento constitutivo da América Ibero-Americana, que abraça também não só a América Latina, mas Espanha e Portugal, que estão na raiz dos fundamentos da nossa história”, definiu a escritora.

O encerramento da cerimônia foi marcado pelo pronunciamento do reitor da Universidade, Marco Antonio Zago. “Nessa transição entre catedráticos, passamos de um território em que a América Latina se debate, o da economia e da política, para outro que nos une, o da cultura. A diversidade da cultura representa um capital imenso para nos unir, e a Universidade deve utilizar esse instrumento como força de integração e desenvolvimento”, considerou.

Fonte: http://www.usp.br/imprensa/?p=47606

http://www.usp.br/imprensa/?p=47606

Publicado em: 18/03/2015

Segunda, 22 Junho 2015 22:34

Nélida Piñon

Nélida Piñon assume cátedra da USP para intermediar trabalhos entre Brasil e países ibero-americanos

SÃO PAULO - A escritora Nélida Piñon, 77 anos, assumiu nesta quinta-feira a Cátedra José Bonifácio da Universidade de São Paulo (USP) como titular do ano de 2015.Criada em 2013, a cátedra é uma iniciativa do Centro Ibero-Americano (Ciba) da USP, núcleo ligado à Pró-Reitoria de Pesquisa e ao Instituto de Relações Internacionais (IRI), que convida uma personalidade do mundo ibero-americano para ministrar atividades acadêmicas na universidade durante um ano letivo.

Os convidados desenvolvem pesquisa com temas referentes a sua especialidade. Além disso, são realizadas conferências abertas à comunidade e específicas para docentes e discentes. Neste ano, o tema das pesquisas que Nélida irá coordenar será “O Imaginário Ibero-americano”, que tratará de temas culturais, como a literatura.

- Eu quero examinar as matrizes culturais das américas mas sempre a partir da escritura. O ato de escrever, de registrar o mundo, a realidade, foi sempre essencial para nossa cultura. Há uma intensa oralidade no Brasil, tem o cordel, o xamã que ia de aldeia em aldeia para contar história, ia relatar o que ocorreu, todo mundo conta história. Eles eram narradores, a narrativa oral sempre foi forte no continente e isso tudo derivou em grandes romances, que vamos discutir. Vamos fazer um corte nessa narrativa, no pensamento constitutivo da América ibero-americana, que abraça também não só a América latina mas Espanha e Portugal, que estão na raiz dos fundamentos da nossa história – explicou a escritora.

Ocupante da cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL), o evento contou com a participação de Alfredo Bosi, seu colega na ABL e professor aposentado da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e do também membro da ABL Celso Lafer, ex-ministro das Relações Exteriores e professor emérito do Instituto de Relações Internacionais da USP.

 
 

Nélida assume no lugar do economista Enrique Iglesias, que esteve à frente da cátedra em 2014. Ex-presidente do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Secretaria Geral Ibero-americana (Segib) e ex-ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Iglesias coordenou pesquisas na Cátedra com o tema “América Latina na Atual Conjuntura Internacional: os potenciais impactos econômicos, sociais e políticos”.
 

Escritora Nélida Piñon assumiu a Cátedra José Bonifácio da Universidade de São Paulo (USP) como titular do ano de 2015 

Marcos Alves / Agência O Globo
 

A nova titular da Cátedra é formada em jornalismo pela Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Em 1970, inaugurou a cadeira de Criação Literária na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É a quinta ocupante da cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL), desde 1990. Em 1996, tornou-se a primeira mulher, em 100 anos, a presidir a ABL.

Filha e neta de galegos, vencedora do Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras de 2005 e integrante da Academia Mexicana da Língua, Nélida foi a primeira brasileira a se tornar membro honorário da Real Academia Galega. É autora de “A república dos sonhos", o livro no qual aborda a história do Brasil e da imigração espanhola.

CRISE NA AMÉRICA LATINA

Durante o evento, Iglesias falou sobre os desafios da América Latina no século XXI. O professor afirmou não lembrar de uma crise de governabilidade tão grande como essa vivida atualmente por países como Brasil e Venezuela.

- Temos um momento difícil, do ponto de vista político, em vários países. Alguns mais graves do que os outros, com perda de credibilidade das lideranças políticas. Mas a democracia tem capacidade de reagir frente a essas circunstâncias e consolidar o que foi conquistado anteriormente com tanto trabalho – afirmou Iglesias.

O professor afirmou que a região não se recupera bem da crise de 2008 e que houve um “otimismo exagerado” com a economia na América Latina, que chegou a registrar um crescimento de 6,7% e agora deve ficar em 1,5%. No entanto, ele ressaltou que a pobreza não cresceu.

Questionado sobre os movimentos brasileiros atuais que pedem impeachment, Iglesias disse que é importante ouvir a população mas que a democracia é capaz de reagir.

- Tem muitos movimentos sociais hoje no mundo, a sociedade tem capacidade de se expressar, o importante é ouvir e entender porquê está acontecendo isso para que seja uma força dinâmica e criativa e não só uma força de postergação social. Temos que nos preocupar mas não nos alarmar porque as coisas vão mudar e está na própria democracia a capacidade de reação de sair desses problemas – afirmou o professor.

Nélida concorda que a situação atual é crítica mas aposta na cultura como reação.

- A crise é aguda, não se pode esquivar dessa realidade mas a cultura é vigilante, ela conta história das crises, os povos abraçam a cultura para aguentar os impactos, os socos e as deslealdades das crises. A crise nos quer afundar mas nos não vamos afundar porque um pais que teve Machado de Assis não pode se dar ao luxo de uma derrota. Nós temos razoes para lutara e exigir um brasil melhor. É a hora de fazer o grande questionamento: que Brasil nós queremos? A estética tem dimensão moral – afirmou a escritora.

Fonte:  http://oglobo.globo.com/brasil/nelida-pinon-assume-catedra-da-usp-para-intermediar-trabalhos-entre-brasil-paises-ibero-americanos-15575807#ixzz3dzy8faXi 
© 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. 

Publicado em: 03/12/2015

 

Pagina 2 de 5

Rua da Praça do Relógio, 109, Bloco K, 3º andar, sala 313
Cidade Universitária, São Paulo-SP, CEP 05508-050
Tel 55 (11) 3091-8353